quarta-feira, 21 de abril de 2010

Intangível

Continuo,
na gélida busca
do pérfido vazio
que existe em teu beijo,
o qual já não lembras,
não podes me dar.
Não podes me esperar,
estas tão distante,
e ainda que eu corra,
eu, não sou sequer
capaz de te ver.
O dia acabou
e a noite que veio
não trouxe de volta
o que eu esqueci
quando me esquecestes
nem os olhos vermelhos
que na serra eu deixei.

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